26 de jan. de 2011

O Caso Wikileaks sobre o nosso Programa Espacial.



No dia 26 de Janeiro de 2011 veio a luz no Brasil o caso das trapaças estadunidenses para tentar bloquear ou prejudicar o programa espacial brasileiro. Muito se tem dito pela internet sobre o assunto, e vemos que existem ainda brasileiros que defendem esta postura dos USA contra o nosso programa espacial.



Um programa espacial como este é muito importante para o nosso futuro industrial e tecnológico, pois como vemos nos dias de hoje, muitos dos produtos que usamos tem derivação de patentes realizadas por agencias espaciais ou empresas contratadas por essas agencias.


Temos também a questão mais importante ainda relacionada à defesa nacional, onde estes foguetes levam satélites militares brasileiros que podem fotografar o território inimigo e sonda-lo de varias formas, como em radar usado já para os relvamentos no fundo do oceano, ou por Infra-Vermelho que encontra armamentos ou protótipos na escuridão da noite. Os satélites Militares também são aplicados para a descoberta de bases militares secretas, à ameaças de potenciais inimigos diretas ao nosso pais, sem falar das interceptações das comunicações além da transmissão de dados cifrados ou codificados... Mas também podem ser utilizados para guiar misseis de cruzeiro, bombas de precisão e ainda aviões, navios, carros armados até o objetivo.




E tudo isso sem mencionar que os próprios foguetes que colocam os satélites em orbita no espaço podem ser utilizados também como Misseis Balísticos Intercontinentais, transportando ogivas convencionais ou nucleares, além obviamente das Químicas e Biológicas... muito estratégico para o nosso pais o Programa espacial, mesmo que o Brasil seja um assinante do Tratado de Não Proliferação Nuclear e do Tratado dos Misseis de Médio e Longo Raios.





Se o nosso país corresse algum risco iminente em sua soberania, possuindo as tecnologias espaciais teríamos uma chance maior de resposta ao potencial agressor, que poderia até mesmo desistir de seus projetos contra a nossa nação, sabendo que temos a capacidade de utilizar esses meios como forma de defesa, ou seja, o nosso programa espacial seria também utilizado como meio de dissuasão contra potenciais inimigos!






Assim o nosso futuro realmente depende muito dessa aérea, que nos últimos anos foi praticamente abandonada pelos nossos dirigentes, mas que nos últimos anos tem ganhado força em Brasília, chamando muita atenção sobre o que é e ao que serve o nosso programa espacial Brasileiro.



Como resultado dessa atenção que o programa teve em Brasília, a Agencia espacial brasileira e o Governo Lula, procuraram parceiros para um novo programa de lançamento de satélites civis e militares, e o parceiro escolhido foi a Ucrânia, que entrará com seus Foguetes Cyclone-4 e nos com a Base de Lançamento. Para maiores informaçòes a respeito desta colaboraçao e da empresa criada entre os dois paìses visitar o sitio oficial da empresa no link abaixo:


http://www.alcantaracyclonespace.com/index.php?option=com_content&task=view&id=15&Itemid=64&name=empresa&lng=1&style=horiz_flat









Somente para recordar que uma da razoes principais pela qual o Brasil teve que optar por essa parceria com a Ucrânia, foi a tragedia da explosão do nosso protótipo do VLS (Veiculo Lançador de Satélites), onde mais de 20 técnicos, alguns insubstituíveis morreram, atrasando assim o programa de lançamento, mas não o de construção de satélites nacionais que ainda continuam dentro de seus programas.



O foguete Ucraniano tem potencia e capacidades ótimas para os nossos propósitos pacificos, e a nosso Base Espacial de Alcântara possui uma localização excelente de vizinhança à linha do Equador, o que a faz economizar de 30-40% nos custos de lançamento de um foguete, reduzindo assim o custo de colocar um satélite em orbita... a base é uma verdadeira mina de ouro espacial por fazer economizar nos lançamentos espaciais!





Assim, depois desta introdução dos pontos principais do nosso programa espacial vamos à noticia que gerou essa postagem aqui no Blog, ou seja, mais uma tentativa dos USA de bloquearem o nosso desenvolvimento tecnológico espacial, mas desta vez, fazendo pressão sobre os nossos novos parceiros Ucranianos para que se recusem a transferir tecnologias do sistema do foguete espacial Cyclone-4 para o Brasil. Coisa que nem esta prevista no contrato atual, mas poderia muito bem entrar em um novo contrato eventual da Empresa Binacional Alcântara Cyclone Space (ACS ), com a construçao de um novo foguete espacial unido os conhecimentos do VLS com os do Cyclone, e assim os Estadunidenses jogam em antecipação e já dizem que não aceitam a transferência de tecnologias para o nosso pais em nenhum caso, nem agora nem no futuro!



As reportagens são duas distintas e complementares que podem ser acessadas por esteslinks abaixo, eu aqui vou colocar somente os pontos Quentes, das mesmas, mas sugiro a leitura das reportagens abaixo também:








Pois bem, assim vamos ao que interessa...

Ainda que o Senado brasileiro venha a ratificar o Acordo de Salvaguardas Tecnológicas EUA-Brasil (TSA, na sigla em inglês), o governo dos Estados Unidos não quer que o Brasil tenha um programa próprio de produção de foguetes espaciais.

Os diplomatas americanos disseram, porém, que só poderiam apoiar o foguete ucraniano caso o Brasil assinasse um acordo de salvaguardas tecnológicas com eles. Um acordo assim foi vetado em 2003 pelo Congresso Nacional, que acreditava que ele violaria a soberania do Brasil. As salvaguardas incluíam concessão de áreas sob controle direto e exclusivo dos EUA e licença para inspeções americanas sem prévio aviso ao Brasil.

A restrição dos EUA está registrada claramente em telegrama que o Departamento de Estado enviou à embaixada americana em Brasília, em janeiro de 2009 – revelado agora pelo WikiLeaks

Queremos lembrar às autoridades ucranianas que os EUA não se opõem ao estabelecimento de uma plataforma de lançamentos em Alcântara, contanto que tal atividade não resulte na transferência de tecnologias de foguetes ao Brasil”

Os EUA não permitem o lançamento de satélites americanos desde Alcântara, ou fabricados por outros países mas que contenham componentes americanos, “devido à nossa política, de longa data, de não encorajar o programa de foguetes espaciais do Brasil”, diz outro documento confidencial.

[O Brasil tem] hipersensibilidade em questões que considera infringirem a sua soberania”, e isso pode ser visto como “sinal de imaturidade política”, dizia. “Muitos brasileiros acreditam que os EUA têm interesses na Amazônia”, exemplificava.






Bem, já vimos os pontos claros do que os Estadunidenses pensam do nosso programa espacial...

E a culpa é nossa pelo nosso programa ainda estar no chão, o nosso programa espacial esta muito atrasado, com anos de descaso e poucos recursos, mas os boicotes estrangeiros também contam, e essa manobra nos bastidores contra o nosso programa espacial também demonstra que os USA não são confiáveis no quesito das transferências de tecnologia e trabalham para sempre deixar-nos atrasados e servis no setor Aero-Espacial e da Defesa em geral. A nossa evolução incomoda os gringos e assim eles agem pelas nossas costas afim de nos prejudicar, e não é somente na questão dos foguetes não, na área da defesa tem muitos embargos, sabotagens e boicotes também!!








O Brasil possuir tecnologia espacial é um problema pra o interesse americano, pois poderíamos ficar independentes, quanto aos franceses, pouco importa, pois os nossos vetores não seriam vendidos no mercado internacional, mas serviriam somente aos nossos propósitos, aos nosso satélites, e no máximo teríamos uns 2-3 lançamentos ao ano... não competiríamos minimamente com os Franceses... mas o problema real é poderiam se transformar em misseis inter-continentais, e assim passaríamos a dizer não à ingerência estrangeira no nosso pais, e os USA seriam os que mais perdem com isso!!








O que demonstra que não devemos confiar nos USA em questão de tecnologia, mas podemos confiar como parceiros comerciais de produtos civis de baixo teor tecnológico... mas em tecnologias sensíveis como espacial, aeronáutica e de defesa em geral não, os USA farão embargos, boicotes e sabotagens nos bastidores diplomáticos, muito claro e cristalino isso, e o FX2 não seria uma vitima isolada caso fosse escolhido o F-18, e essa manobras dos USA para tentar bloquear de qualquer forma o nosso programa espacial demonstra isso mais uma vez!!







Não são problemas ideológicos mas práticos... este caso do foguete colocou diante os olhos de todos que com os USA não teremos nunca tecnologias de ponta ou avançadas no setor aero-espacial??? Isso ai não é ideologia, mas pratica, seria muito arriscado confiar em quem esta sempre trabalhando na suas costas para te impedir de progredir, e tem muito embargos e boicotes “na conta” conosco.

Não passa de masoquismo querer sempre o nosso povo alinhado com os Yankees, pois muitas outras vezes eles nos embargaram ou boicotaram, por que agora seria diferente, nunca sera diferente enquanto eles não ficarem atrasados tecnologicamente, ai sim poderiam mudar e querer transferências... por enquanto parece que todas as vezes que fomos aproveitar as oportunidades que nos deram entramos mau na fita, e fomos enganados por eles!!







Os únicos bons negócios que os USA nos proporiam seriam fora da área de defesa, nesse setor não tem jeito, eles vão embargar, boicotar, sabotar e vetar o nosso acesso às essa tecnologias, poderíamos ficar independentes demais e dizer não pra eles, e isso os incomoda muito!!!

Quem gosta tanto deles, vai pra la pra ver como te tratam com igualdade e justiça em ser imigrante, vai ver a auto determinação dos povos que eles dizem tanto defender... boa viagem!!






Temos as nossas responsabilidades, mas eles também tem, querer isenta-los depois disso tudo que fazem para nos bloquear o acesso a algo por ai, é ser muito contra o Brasil e seus interesses...

Muitos estão justificando a ação deles contra o nosso pais, isso vai muito além de governos e partidos, isso é uma questão fundamental para o desenvolvimento da nossa nação... essa justificação ai de que eles tem razão é o que segundo os senhores, patriotismo??





Patriotismo seria exigir que o nosso país desse mais recursos ao programa, mas isentar nação estrangeira de suas sabotagens, embargos, boicotes, pressões aos nossos parceiros não, isso ai não é patriotismo, nunca foi e nunca sera, isso ai pareceria mais colaboracionismo com o interesse estrangeiro contra o do pais natal, não vejo outra explicação!!!



Fazem politica externa pra proteger seus interesses pelo mundo, e então façamos a nossa politica também, investindo pesado em armas, abandonamos o TNP e o acordo anti-misseis, e dai, Faremos a nossa politica, e a nossa defesa, pois no fim podemos ter milhões de soldados e armas, que sem bomba atômica e outras armas de destruição em massa não podemos nos defender da politica agressiva, invasora e sabotadora que as potencias mundiais fazem pelo mundo, e amanha podem fazer aqui também... eles fazem a politica deles, nos fazemos a nossa!!








Brasil, ame-o ou deixe-o!!

Valeu !!
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23 de jan. de 2011

O SUBMARINO NUCLEAR BRASILEIRO- Parte 2de3




 Autor: SÉRGIO LIMA YPIRANGA DOS GUARANYS*
Capitão de Mar e Guerra (Refo)


CONFIGURAÇÃO DO SUBMARINO NUCLEAR



Os mesmos componentes adquiridos hoje sem restrições devido a se
destinarem a convencionais estão sujeitos a ser restritos pelo Comitê
de Controle do Comércio de Materiais Sensíveis. Conseguimos contornar
objeções em estabilização espacial, em levitação e noutros materiais
de ponta. Essa atuação norte-americana incomoda, mas não impede nosso
acesso global, embora permaneçam em vigor licenciamentos e
impedimentos de produtos americanos. Conseguem dificultar acesso a
produtos de outros países quando estes estejam desfrutando licença
americana. As regras de guerra limitada são as mesmas no econômico e
em qualquer dos campos. Lados opostos não usam as últimas armas porque
já estaria ridículo o valor da vitória. Neste momento, temos ajuda da
crise financeira à premência dos fabricantes venderem seus produtos e
da redução da veemência americana no comércio dos demais países. O
Comitê está mais tolerante e sabe que o mesmo estabelecimento bélico
industrial que força de modo ostensivo o orçamento de casa a sustentar
duas guerras e liderança bélica mundial pode silenciá-lo
discretamente. Quando muito conseguirá recusar alguma venda americana,
mas sem poder para impedir aquisições noutros países. Cada vez que
descobre avanço técnico de um país antes prejudicado por ele, sofre
convicção de não haver antecipado a iminência de tal progresso, caso
em que não “ajudaria” o avanço nem a independência e, sobretudo, não
frustraria esforço vendedor feito por uma empresa americana.
O primeiro SNB não será lançador de mísseis intercontinentais porque
não convém possuí-los antes de dispormos de rede orbital de
vigilância, embora a Diretoria de Sistemas de Armas da Marinha (DSAM)
possua estabilização de seis minutos de arco e um míssil balístico
intercontinental se contente com oito. Será submarino de ataque tão
pequeno quanto nossa tecnologia conseguir. Terá o diâmetro do casco
definido somente quando o reator estiver definido. O reator dele não
existe ainda. Aceitamos pesquisá-lo e produzi-lo.

Equação condicionante – reator e variáveis




O reator é a primeira dificuldade do SNB porque tem de caber dentro do
casco; o tamanho do reator define o tamanho do casco. O tamanho do
casco e a velocidade do SNB definem a potência do reator. A velocidade
útil é função do alcance dos sensores, cuja metade é igual ao trecho
percorrível em segurança. A carga de combustível do reator é
determinada pelo Comando de Operações Navais (CON) ao decidir o
trabalho realizável por ela, ao fim do qual estará exaurida. Esta
decisão é expressa pelo menor intervalo de tempo em que o CON não
deseja retirar de serviço o SNB para faina de recarga. O CON estipula
a autonomia da carga. A carga é um estoque de fissões que é declarado
inútil quando a distribuição dos núcleos ainda físseis ou a escassez
deles ficar insuficiente para sustentar a reação em cadeia. A
determinação do CON é vista como orientação para o Centro Tecnológico
da Marinha em São Paulo (Cetemsp) dimensionar a carga em peso que
garante ciclo operativo conveniente à defesa do País.

Tamanho


O menor diâmetro do casco tem de abranger: o vaso do reator; a
diferença de alturas entre a base do vaso e o topo da canalização de
água pressurizada suficiente para estabelecer convecção; o espaço
acima do vaso ocupado por barras de controle; geradores de vapor; o
topo da canalização de água reaquecida do pressurizador e a distância
aos lados internos do casco. Para fazer o menor casco para certo
reator é necessário arranjar e construir esses componentes para
caberem no menor diâmetro máximo do casco resistente.
Dependem de criação e experimentação a circulação de convecção e o
sistema de controle. Tenham ou não a melhor solução do mundo, essas e
outras tentativas acontecerão visando obter a arma da espécie
“submarino nuclear”. Pouco adianta interpretar exemplos de outros
países, pois em cada um deles foi desenvolvido um submarino com o
reator realizado antes. É possível confiar nos esforços indígenas mais
pela seriedade dos envolvidos que pelas descobertas técnicas. Caso
elas aconteçam, serão adotadas; caso não apareçam, é possível enxergar
cada posição de adotar o ponto obtido ou recusá-lo, prosseguindo em
tentativas. Seria péssimo adotar, com apoio na pressa ou no desânimo,
ponto sabidamente prematuro.
Lendo a variedade de grandes diâmetros dos nucleares atuais, é
possível afirmar vantagens de um diâmetro menor e também que ninguém
morrerá se não for obtido. Não contamos com modelo virtual porque não
tínhamos durante muito tempo o poder de computação exigido nem dotação
orçamentária para desenvolvê-lo. Caso avançássemos no caminho crítico,
havia perigo de jogar no lixo trabalho caro cada vez que o percurso
adotado desse errado. Hoje dispomos de um cluster hábil de
computadores e de dotação orçamentária, recém-estabelecidos. Estando
seguros de não infringir nossos limites de controle, podemos segmentar
os avanços no caminho crítico e adotar novo ramo paralelo para cada
impedimento surgido. Fazendo assim, não há controle sobre prazo mais
curto de conclusão nem sobre custo diminuído de cada segmento, mas é
antecipado o valor do prazo viável hoje e o do custo sem redução
visível agora. Ocorre a espera de conclusão das obras civis do
Laboratório de Geração Núcleo-Elétrica (Labgene), ao mesmo tempo que a
obtenção de mão de obra qualificada e o início de operação dele.

Potência



Se neste momento ignoramos o modo de prever exaustão de combustível e
também a queima dele regulada para potência significativa, não há
segmento de avanço. Felizmente não é o caso, mas insegurança para
adquirirmos essa ciência. A demora de avançar é didática, serve para
superar falta de mão de obra nova mediante alocação nova da mão de
obra curta. Aí vale reunião para escolher melhor o que será rejeitado,
as novas designações e escolha de despesas capazes de produzir
avanços. É inútil, embora tentador, manter valores de diâmetro,
estipular potência e velocidade de projeto, sem fazer tentativas
físicas. Consultas sobre tentativas, desde que precedidas da
advertência de verificação dos termos da resposta, são tão acessíveis
e baratas que não há justificativa para preteri-las. A estipulação da
potência depende do tamanho do reator e do tamanho do casco, também
dependente do reator, mas há alguma flexibilidade, embora seja regra
universal de projeto explorar máximos disponíveis. O reator teria
tamanho mínimo, condizente com velocidade de contrato e com intervalo
de recarga.


Carga



Um bom teor de enriquecimento será acima do valor que debitar com a
menor exaustão da carga, o número de fissões da potência requerida.
Hoje, o enriquecimento acessível ao Brasil está limitado a 20% por
decisão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA). Esta taxa
foi aceita enquanto não tínhamos necessidade de maior, mas o Tratado
de Não Proliferação (TNP) não nos impõe tal limite. O TNP demorou
muitos anos para alcançar 40 signatários, número definidor da
aceitação dele. Foi redigido com o propósito de salvar a cara dos
americanos, enlameada em Hiroshima e Nagasaki, daí ser um texto
angariador de tolerância, inerme e ineficaz. Quando obteve 20 adesões,
ensejou o Acordo de Salvaguardas, com poder de imposição e a delegação
para a AIEA, também pendente de adesões. Os americanos contavam com
seu poder militar para assombrar os signatários pedidos pelo Acordo,
tendo uma série de surpresas com a cessação tácita de adesões. Por
diversos motivos nunca era situação favorável a indagarem de qualquer
país porque não aderira. Criaram o título de estados mendigos
imputável aos que manifestaram recusa e rejeição.
O Brasil foi coerente durante muitos anos com os Almirantes Otacílio
Cunha e Álvaro Alberto, que desde o fim da Segunda Guerra Mundial
mostraram a inutilidade do Plano Baruch e nossa total independência em
matéria nuclear. Fomos o único país não nuclearizado a rejeitar o TNP,
posição conveniente para França, China, Rússia, Índia, Paquistão,
Japão e Alemanha perante os EUA. De repente um diplomata, sem qualquer
formação adequada, portanto sem fazer idéia do manejo da condição de
intervir em “segundo golpe” e do dano de ser forçado a ignorar
qualquer coisa, mormente arranjos nucleares, dispensou assessoramento
e convenceu um presidente a assinar a adesão ao TNP, materializando um
sonho americano. A partir daí a AIEA nos “proibiu” de ultrapassar 20%
no enriquecimento de urânio. A AIEA ganhou audácia, não despiu nossa
centrífuga, mas tentou, pressionou sem sucesso a assinatura de
Protocolo Adicional, que estabeleceria obrigações invioláveis e era o
maior sonho americano.
Pouca gente sabe que o TNP não pode impedir-nos de ultrapassar os 20%.
Caso desejemos empregar nossa sólida argumentação, enfrentaremos toda
sorte de pressões, mas podemos estatutariamente denunciar o TNP com
antecipação de 90 dias para efetividade, e devemos fazê-lo assim que
precisemos teor mais elevado. Ainda que não precisássemos de maior
teor, somos possuidores de uma das maiores quantidades de minério
barato, e logo estaremos vendendo combustível, obtendo receita
classificadora da economia total e de poder no mercado nuclear, fato
estimulador da remoção dos ridículos 20%. Dependendo de tirocínio
diplomático, a AIEA pode preferir considerar procedente nossa
argumentação e recusar nossa denúncia, dando-nos a condição de país
nuclear desarmado, sonho brasileiro.
Temos o conforto de ter conhecimento para construir reator com
bastante potência, embora falte algum tempo para repetirmos produção
de carga com aumento de vida, desta vez capaz de durar 13 ou mais
anos. O reator definitivo será projetado somente quando a série de
experiências com o Labgene determinar forma e tamanho da nuvem de
nêutrons ao longo da faixa de potência debitada por ele. As
experiências gerarão séries de dados de quantidade e locais de fissões
e de queima de combustível em diferentes arranjos do núcleo segundo
teor, aglomeração, regime de produção, posição relativa ao fundo e ao
eixo do vaso; séries que permitam projetar reatores e medir desempenho
de cada projetado, independente de construí-lo.
Foi vedado nosso acesso a algum supercomputador, mas montamos um
cluster para nossas necessidades. Precisamos de velocidade de cálculo
provida pelo cluster porque a quantidade e a localização das fissões
são probabilísticas. A quantidade de operações para cobrir o intervalo
pesquisado é tão grande que não é possível descartar probabilidades de
obter ao acaso soluções de aspectos componentes antes de esgotar todos
os possíveis. É como procurar numa seqüência de fichas a que retrata
certo sítio. Tanto pode ser a primeira como a m-ésima ou a última. O
computador cessa a busca ao encontrar a solução compatível. Não
podemos decidir experimentar nível mais elevado de fissões a 4% nem
teor acima de 4% sem concluir grande quantidade de cálculos. O mundo
saberá imediatamente, após qualquer aumento em teor da carga de reator
brasileiro, que passamos a dispor de velocidade suficiente de cálculo.
Gastaremos vários anos para operar um reator de 50MW, embora já
tenhamos montado um vaso e um miolo. Falta carregá-lo com UO2
enriquecido, enchê-lo d’água e iniciar a reação em cadeia, cujos dados
de operação serão processados no cluster, produzindo orientação sobre
arranjo, quantidade e teor do combustível nuclear. Talvez consigamos
operar em 2011 o Labgene para fazer em três anos metade das corridas
pedidas, total que gasta um segundo Labgene, que leva 3,8 anos para
ficar pronto, portanto desnecessário para os seis anos do total de
corridas.




Caso os primeiros dados obtidos permitam definir se a seqüência de
arranjos produzirá certezas antes de fabricado outro reator, não será
feito outro reator para experiência. A mera elevação de um ponto
percentual no teor da carga enfrenta autorização da Comissão Nacional
de Energia Nuclear (CNEN) para acender a reação em cadeia, dependente
de provar que não surgirá aumento indevido, portanto descontrolado, de
potência. Ora, um reator de baixo teor também debita potência, move o
SNB, mas é mau negócio. A China teve um assim. Nossa capacidade atual
de calcular demanda vários anos de obtenção e processamento de dados
no Labgene. Haverá maior conforto de conhecimento quando projetarmos
reator conveniente para o casco que desejamos. Isso será possível
quando pudermos prever a carga de combustível necessária ao reator.
Se ocorrer exaustão do combustível durante o tempo de operação do
submarino, a MB terá espetacular decepção logística no caso de
imobilizá-lo para a faina de recarga. Contra decepção apenas cargas
americanas já superam mais de 30 anos de uso, outros países têm mais
um nuclear de ataque e mais um lança-mísseis além do mínimo das forças
previstas, destinados a comportar trocas de combustível nos reatores
dos demais.
Enquanto nossa força possuir apenas um nuclear, a carga dele deve
durar pelo menos oito anos, porque esse prazo permite operá-lo
bastante e, aumentando a probabilidade de uso hostil, trocar tão
rápido quanto viável a carga em uso por outra integral. A fim de poder
trocar carga rapidamente, o reator deve possuir sistema de abertura
conjugado com escotilha do compartimento dele no convés do SNB. Caso a
duração seja de quatro a seis anos, cada troca aumenta o risco de o
SNB não conseguir servir ao País porque cresce a freqüência de
inoperância.
A decisão de prosseguir desenvolvendo o nuclear deve encorajar a MB a
ter dois comportamentos: um para custear a etapa do desenvolvimento
capaz de dotar o País de submarino nuclear, outro de convencer o
Governo a destinar para submarinos nucleares a diferença entre o total
solicitado para o primeiro e o desembolso real. Segundo a execução
orçamentária atual, esse raciocínio é descabido, mas o modo de pedir
continuidade da dotação é declarar exatamente a diferença, citando
mérito das empresas envolvidas e mostrando dano devido ao desmonte dos
canteiros em cada local de produção de um componente. Não temos elenco
significativo de empresas envolvidas, mas devemos criá-lo, pois
associação com universidades tem efeito nacional favorável à MB muito
mediato. Empresas geram salários e consumo, universidades não geram.
Graças à qualificação das três propostas seguintes à vencedora da
licitação para o míssil Tomahawk e aos lotes comprados a elas, uma
delas construiu e repôs o estoque desse míssil após o Conflito de
Kosovo, cobrando menos para canteiros do que fora declarado na inicial
porque conservou a linha de produção. A vencedora já havia encerrado a
linha de produção e anunciado um preço gigantesco para restabelecê-la.
O motivo do segundo comportamento é explorar a conformidade, ocorrida
nos países que já possuem nucleares, com o tamanho grande deles. Sem
tal motivo não interessa procurar submarino mais barato, pois o mesmo
acréscimo de poder militar vai demorar mais tempo que o caro. Vale
encarar a demora porque é alta a probabilidade atual de sucesso,
baseado em controle por absorção de nêutrons da reação nuclear, mais
curto geometricamente e em circulação por convecção obtida com menor
altura.



A definição do reator sofrerá um processo iterativo conjugando casco
como alojamento e veículo do reator, elegendo a potência indicada e o
casco que cumpram a velocidade de contrato. Acarreta a do casco, mas
começa definindo reator ótimo segundo rendimento e exaustão, depois
por tamanho. O eventual saldo entre o total estimado e autorizado para
o primeiro submarino nuclear igual e outro mais barato serviria melhor
a uma fração de um segundo submarino. O sucesso altamente provável
contribuirá num submarino que periga só mergulhar após 2020.
Graças a essas dificuldades, convém pesquisar oportunidades módicas de
melhoras naqueles processos, em vez de recusar as pesquisas mediante
declaração de não serem comprovadas. Fixada a altura da convecção,
ficam definíveis o pressurizador e os geradores de vapor. Não é este
texto o lugar para descrever melhorias, mas serve para encarecer o
dever de tentá-las. Imagine a distância entre o protótipo do Labgene e
outro, cuja água deixe o vaso para um gerador de vapor em cima dele,
cuja saída de água, após perder calor, desça pela face externa do vaso
até regressar ao lado interno dele, exclusivamente acionada pela
convecção. Fazendo penetrarem as barras absorventes no gerador de
vapor, consegue ao mesmo tempo retirada total das barras, convecção
forte e, maravilha, diâmetro de casco como no Barracuda francês,
deslocamento imerso de 4.700 t. A movimentação das barras controla o
calor gerado, a circulação por convecção da água do vaso e a
circulação por condensação do vapor gerado. Barras mais fora geram
maior número de fissões, mais calor e convecção, mais vapor e mais
alimentação do gerador de vapor.
Um convencional não usa em operação sua velocidade máxima, aquela das
provas de mar, mas o nuclear abusa da dele porque leva a locais
seguros o seu volume indiscreto, porque permite trânsitos até então
inviáveis e porque não precisa repor tão cedo a energia consumida.
Quanto ao reator, que é encargo nosso, sem terminarem as pesquisas de
controle, de convecção e de locais das fissões, outros avanços do SNB
podem virar perda. Excetuado o reator nuclear com seus controles, que
expressamente não receberá apoio técnico francês, a totalidade do SNB
terá gerência, fornecimento e orientação de construção da França. Este
aspecto é confortador na medida em que dispensa a MB de fazer procura.
Ao mesmo tempo, é gerador de rigidez na medida em que, não havendo
outra diferença de configuração entre o SNB e o Scorpene além da
energia e da geração de oxigênio, a participação da MB na construção
do primeiro Scorpene forma gestão na construção dos demais e do SNB.
Nucleares providos de mísseis verticais têm diâmetro maior de casco
porque o conveniente aos mísseis é semelhante ao farto para o reator.
Nucleares antissubmarinos sem mísseis de lançamento vertical também
têm grande diâmetro, mostrando que, se tanto a convecção quanto o
controle pediam tal diâmetro, não valia a pena gastar em pesquisa para
reduzi-lo, a despeito daqueles prêmios. Apenas perante solução
simultânea dos dois problemas o diâmetro seria reduzido.
Não cessam pesquisas visando operação sob menor diâmetro decorrente de
arranjo dos trocadores de calor, pois prêmios envolvendo redução de
aspecto, de perdas hidrodinâmicas, de mínima lâmina d’água operativa e
mesmo de custo justificam a busca. Não existem ou são sigilosas as
relativas a controle e convecção.
É muito grande o prêmio para diálogo bem conduzido. O deslocamento do
submarino é função cúbica do diâmetro do casco; a superfície molhada
do submarino é função quadrática do diâmetro e lecionada aos
arquitetos navais como perda de velocidade. Dobrar o diâmetro
significa multiplicar por oito o deslocamento e por quatro a
superfície molhada. A falta de diálogo encobre outros prêmios,
inexistentes nos primeiros arranjos de combustível, arranjos que, uma
vez estabelecidos, petrificaram.


Os diversos vasos de reator tinham em comum a forma gorda de diâmetro
grande em relação à altura. Reduzia o risco de interrupção da reação,
melhorava a distribuição de locais das fissões, o que evitava ao mesmo
tempo pontos de alta temperatura e água menos quente do que possível
na admissão do trocador e, sobretudo, facilitava posição dos
trocadores de calor (geradores de vapor) mais alta que a pilha de
combustível. O calor produzido é maior quando a temperatura média da
água do vaso é maior. Houvesse prática de diálogo, a redução do risco
de falha nuclear (hoje medido pela base 10 elevada a menos 18), o
crescimento do teor de enriquecimento do combustível (já atinge mais
de 96%, embora baste muito menos), a redução da variação do teor nas
pastilhas (obtida mediante gasto de energia maior na agitação na
mistura) e a aproximação entre elementos vizinhos (instalados com
separação dita evitar colisões de nêutrons insuficientemente
moderados) talvez resultassem em vasos mais esbeltos. Muito
recentemente essa separação perdeu reputação com a mudança de forma
dos elementos de vareta para placa, aumentando a probabilidade de
encontro físsil. O espaço intermolecular descartava perda de colisões
devida a espaço entre varetas, mas arranjos de placas aumentam a
probabilidade de encontros justamente por oferecer mais núcleos que os
oferecidos pelas varetas distintas, ou seja, a ocorrência de trajetos
sem colisão é menor no arranjo de placas que no de varetas.
Mais que por encontro físsil, que é o gerador de calor, a razão entre
o volume das placas e o da água envolvente é maior que a razão entre o
volume das varetas e da água, isto é, será maior o aquecimento da
água, mantido o resto, que somente ocorreria mediante maior número de
fissões decorrentes de maior teor. Vasos esbeltos, que pareceram
vantajosos caso coubessem com seus periféricos em menor diâmetro de
casco, são mais úteis pela relação entre volume interno d’água e
número de fissões.
Pois é, há nucleares de ataque com dois reatores devido à potência
pedida e a discussões sobre infalibilidade ou regularidade do débito
do reator, motivo também proclamado para justificar energias e
propulsões alternativas. Instrutor que reprova semelhantes decisões em
verificações de instruídos determina adotá-las quando mais tarde, como
administrador, sente o peso de impor o risco, conforme retratado pela
variedade nos nucleares de configurações fartamente compostas. Dois
reatores extinguem a necessidade de acumulador de energia e o risco de
cloro no ambiente, onde a bateria é a excelência. Extinguem tanque,
rede de óleo diesel e risco associado de incêndio. Um só reator
extingue igualmente. No caso mais geral de haver um único reator,
basta haver pequeno turbogerador de CC que carregue sem pressa em
imersão bateria para emergência. A bateria alimentaria o MEP mediante
alternador apenas para mover o submarino até sair da área de operação
(20 horas a 2 nós). Há baterias muito mais compactas que as do Tikuna,
como a do torpedo Blackshark. Se o gerador de CC e a bateria são
mantidos no projeto a título de emergência, podem ser tão menores que
os de operação quanto for pedido pela distância do ponto afastado ao
ponto da avaria. Fim de bateria e gerador de CC grandes devolveriam ao
projetista o volume tomado hoje.


Aliás, num nuclear pode haver bateria sem que haja gerador de CC. O
Quadro de Força pode ter retificador suficiente para carregar em
imersão, portanto sem pressa e sem corrente elevada, a bateria citada
no parágrafo anterior. Tampouco se justifica MEP auxiliar, pois o
único MEP seria acionado pelo alternador acima citado com energia
convertida da bateria. Não precisa muita potência porque potência é o
cubo da velocidade. Corrente alternada, em vez da compulsória
contínua, trocaria alternador da instalação dominada por CC, por
dínamos ou retificadores para prover corrente contínua na instalação
dominada por CA, conforme conveniência local, sem sobra nem falta.
Aplicações de corrente alternada provêem tensões e freqüências
múltiplas e variáveis. A permanência de múltiplas fontes de energia
nos projetos decorre de desarmonia administrativa. Não serão as
pesquisas que possibilitarão dois reatores, pois a classe Victor russa
e a classe 093 chinesa os têm. A instalação não é CA porque os
projetistas ainda não se livraram da atuação de Hickover, que exagerou
em explorar o fato de estar na direção quando surgiu o Nautilus e cuja
morte marca o ingresso mais amplo de CA nos nucleares americanos. O
mundo quer tais nucleares, mas se conforma com os de reator singelo,
diâmetro grande, gerador de CC e até segundo MEP.
O reator produz vapor para turbo – geradores ou para turbinas de
propulsão. Essas turbinas serão superadas brevemente por motores
elétricos devido a vários fatores, como: menor preço, menos pessoal,
menos peso, menor risco ambiental dos condutores de eletricidade que
das canalizações de vapor, mais flexibilidade e menos ruído emitido. A
turbina de turbo gerador é mais eficiente que a de propulsão porque
dispensa redutor de velocidade para o propulsor rotativo. O redutor é
fonte de ruído. O vapor que iria para turbinas de propulsão rende mais
em turbinas de gerador. Necessidades de ar comprimido ou de pressão em
fluido hidráulico são atendidas também por compressores ou bombas
acionados por corrente alternada. Tipos especiais de corrente elétrica
são supridos por conversores locais ou por controle eletrônico atuante
em tomada comum da instalação geral.
O submarinista do nuclear explora velocidade mudando logo o volume
indiscreto, de onde cometeu indiscrição para outro local. Não convém
nuclear cuja velocidade seja da ordem de 25 a 28 nós, a mesma de um
convencional rápido, pois gastará uma hora ou mais para percorrer
metade da distância esclarecida, duração fértil para ingresso de
intruso nela. Desfrutasse 29 a 38 nós tal duração cairia para quarenta
e cinco minutos, muito mais segura. Navegar acima de 38 nós depende de
concluir esclarecimento tão amplo que cresce a probabilidade de
alertar algum estranho e continuaria a alertar mediante a fração
acústica da energia debitada. Obriga parada no trânsito e trecho
adicional de esclarecimento. A parada reduz a menos de 34 nós a
velocidade média.
O vapor gerado por trocador cujo primário é a água saída do reator tem
temperatura muito inferior à do vapor produzido pelas caldeiras
tradicionais. Isso criou nas instalações nucleares aversão enraizada a
perdas, banindo perda de altura na admissão do trocador de calor. Têm
surgido arranjos de combustível voltados a obter maior temperatura.


Deixe sua opiniao a respeito desse programa nuclear naval brasileiro atraves de um comentario.
Valeu!!

21 de jan. de 2011

FX2: A Portaria que liga a FAB à MB





AUTOR: FRANCOORP. 
PASTA: DEFESA. (Acima nos Cabeçalhos)
TIPO:TEXTO
 
Muitos colegas ainda falam do FX2 como se fosse somente a escolha de aeronaves para a FAB, mas não é bem assim, a escolha é diretamente valida para a MB também... muito diretamente!!

No ano de 2010, ano em que muitos, eu inclusive, acreditávamos que seria a reta final para o FX2, o Ministério da Defesa lançou uma portaria normativa (regulamenta normas internas das forças) em que ligava definitivamente a escolha do FX2 à MB, mudando completamente o foco do programa, e fez tudo isso de forma OFICIAL e formal.

Assim todo o discurso mudou do dia para a noite, mudou tanto que ainda hoje em 2011 muitos ainda não conhecem esta normativa, continuando com os discursos e planejamentos como se a escolha fosse somente para a FAB, alguns inclusive prospectam uma aeronave para a FAB e outra para a MB, coisa completamente fora da realidade atual... assim trago aos senhores este novo foco para que possam informar-se melhor e conjecturar novas propostas e teorias dentro destas novas informações, onde o caça que a FAB for operar sera também operado pela MB, até segunda ordem obviamente.

A parte que mais interessa da Normativa ao Programa FX2 é curta, direta e concisa, e transcrevo abaixo para que os senhores tenham acesso à consulta:



GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA NORMATIVA No-
1.065/MD, DE 28 DE JUNHO DE 2010

Aeronaves de Caça: Comando da Aeronáutica
1. Coordenar a aquisição de aeronaves de caça F-X2 para a FAB e a MB, nas quantidades, prazos e de acordo com os requisitos operacionais estabelecidos para cada Força Singular.
2. Coordenar a terceirização dos serviços de manutenção de 3º nível para a FAB e a MB, que deverão gerenciar seus respectivos contratos.
3. Coordenar a aquisição de forma centralizada do armamento aéreo de uso comum da FAB e da MB.
4. Estudar a possibilidade de criação de um Depósito Alfandegado (DA), nos moldes dos já existentes, para concentrar os pedidos e o armazenamento de itens para a FAB e a MB.
5. Iniciar estudos para o desenvolvimento de caça nacional, de 5ª geração e múltiplo emprego, em versões tripulada e não tripulada, com possibilidade de parceria com empresa estrangeira, respeitadas as diretrizes da END quanto à capacitação da indústria nacional,
que atenda aos requisitos operacionais da FAB e da MB.
6. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das atividades logísticas.

Numero: 1065 de 2010
Data: 28/06/2010
Status: Vigente
Tipo de ato: Portaria N
Origem: GAB MIN
Ementa: Aprovar a Diretriz para a coordenação de programas e projetos comuns às Forças Armadas, na forma do Anexo a esta Portaria Normativa.

Indexação:
DIRETRIZ PARA A COORDENAÇÃO DE PROGRAMAS E PROJETOS COMUNS ÀS FORÇAS ARMADAS

Observação:
PUBLICADA EM 30 DE JUNHO DE 2010, DOU N. 123, S. 1, P. 20/22




Assim vemos que não somente a compra e operatividade da aeronave do FX2 esta ligada diretamente entre as duas forças, mas que também a logística, manutenção, depósitos, mas tudo enfim!!

Qualquer suposição ao de fora desta normativa é ilusão e fuga da realidade do programa FX2, estas são as ordens oficiais, tudo deve ser realizado dentro desta normativa.

Existem certamente pontos escuros nisso tudo, como o silencio a respeito do FX2 por parte da Marinha do Brasil, pois sabemos que somente a FAB esta no centro do furação midiático do FX2, e a Marinha passa por tudo isso praticamente isenta e sem opinião direta sobre o programa... talvez seja até melhor assim, pois este programa já gerou conflitos e manipulações midiáticas Lobbystas de mais para se ter ainda mais uma corporação imersa nessa lama.

Seria mesmo assim interessante ver a Marinha no meio disso tudo, pois como sabemos a MB ficou famosa por dar respostas diretas, precisas e concisas às tentativas dos Lobbys Midiáticos de “Criar o Caso” e lucrar com a discórdia, ódio politico e doutrinamento que espalharam por ai... seria interessante ver o posicionamento decidido da MB na Novela FX2, podendo trazer novas informações ao conhecimento do programa, sendo que a MB não é isenta ou neutra nisso tudo, alias muito pelo contrario, ela é absolutamente dentro do Programa, pois desse FX2 derivara o seu próprio vetor nos Porta-Aviões previstos na PEAMB... e são Dois Porta-Aviões carregados de FX2 navalizados!!

Coloco agora à disposição dos senhores leitores a Portaria Normativa N° 1.065/MD de forma integral para os colegas e visitadores contemplarem, pois este documento é muito importante para a defesa nacional, e não fala somente de FX2, mas aborda vários níveis militares e programas de armas, como padronização da força de Helicópteros, armas leves, Blindados, etc... e passou quase que despercebida pelos aficionados em defesa pela internet em Sítios, Fóruns e Blogs. No final do texto dou ainda mais um pitaquinho...

Ai vai o texto de forma integral, apresentado pelo “Legislador”, figura que passei a colocar em todos os textos relacionados com direito e legalidade aqui no Blog, um pouco de descontração faz parte da vida... boa leitura, e aqui procuro sempre informar o leitor, seja com textos claros e verídicos, como no caso das leis, que com documentários vários... mas agora vamos ao que interessa nesta postagem e boa leitura a todos:


O Legislador:




GABINETE DO MINISTRO
PORTARIA NORMATIVA No-
1.065/MD, DE 28 DE JUNHO DE 2010
Dispõe sobre a Diretriz para a coordenação
de programas e projetos comuns às Forças
Armadas.

O MINISTRO DE ESTADO DE DEFESA, no uso das atribuições
que lhe confere o inciso I do parágrafo único do art. 87 da
Constituição Federal e tendo em vista o disposto no art. 1o do Anexo
I ao Decreto no 6.223, de 4 de outubro de 2007, resolve:

Art. 1o Aprovar a Diretriz para a coordenação de programas
e projetos comuns às Forças Armadas, na forma do Anexo a esta
Portaria Normativa.

Art. 2o Esta Portaria Normativa entra em vigor na data de
sua publicação.
NELSON A. JOBIM
ANEXO
DIRETRIZ PARA A COORDENAÇÃO DE PROGRAMAS E
PROJETOS COMUNS ÀS FORÇAS ARMADAS.


O propósito da presente Diretriz é estabelecer instruções para
a implementação das ações relativas a programas e projetos comuns
às Forças Armadas afetos ao Plano de Articulação e Equipamento da
Defesa (PAED), em consonância com o estabelecido na Diretriz Ministerial
no 0015/2009, de 09 de novembro de 2009 - Coordenação de
Programas e Projetos Comuns às Forças Armadas.

Como parâmetros de planejamento, observadas as especificidades
e as peculiaridades de cada Força Armada, deverão ser
consideradas: a Política de Mobilização Nacional, as Diretrizes Governamentais
de Mobilização Nacional, as prioridades e os ditames
estabelecidos pela Estratégia Nacional de Defesa (END), a cooperação
entre as Forças Singulares, a economia de recursos, a racionalidade
administrativa e a integração estratégica e de sistemas.
Na execução dos trabalhos resultantes da presente Diretriz
haverá a participação de um integrante do Ministério da Defesa (MD)
dentro de cada um dos temas coordenados pelos Comandos das Forças
Singulares.
Os resultados dos trabalhos deverão ser encaminhados a este
Ministério até 30 de outubro de 2010.

Os temas e as respectivas coordenações são os seguintes:


Implantação de Unidades Aéreas em Organizações Militares
Compartilhadas: Comando da Aeronáutica
1. Considerar que o compartilhamento de unidades aéreas de
helicópteros poderá ocorrer em organizações militares das três Forças
Singulares.
2. Estudar a implantação de Unidades Aéreas de Helicópteros,
elaborando projetos preliminares das novas unidades aéreas e
instalações de apoio, que possibilitem o compartilhamento nas áreas
de alimentação, saúde, segurança, alojamentos e manutenção de aeronaves
de asas rotativas, viaturas, armamento e demais equipamentos
de emprego militar.
3. Estabelecer um cronograma conjunto das atividades de
instalação, privilegiando a implantação inicial em uma base-piloto,
que atenda à disponibilidade de recursos das três Forças Singulares.


Cooperação na Área de Atendimento Hospitalar: Comando
do Exército
1. Estudar as ações redundantes de instalação e adequação de
Organização Militar de Saúde (OMS) de duas ou mais Forças Singulares,
verificando a viabilidade ou não de instalações conjuntas.
Dentro desse estudo, destinar especial atenção para:
a - a viabilidade de implantação de uma única OMS que
atenda às necessidades dos efetivos da Marinha, na região de Itaguaí/
Campo Grande/RJ, e do Exército e Aeronáutica, em Santa
Cruz/RJ;
b - a possibilidade do Hospital Militar de Manaus atender
aos militares da Marinha, enquanto se analisa a conveniência da
construção de um novo Hospital Naval naquela cidade;
c - a possibilidade da OMS da Aeronáutica, em Boa Vista/
RR, atender, após a sua adequação, aos militares do Exército,
evitando os custos adicionais para a implantação de um novo Hospital
do Exército naquela cidade;
d - a viabilidade de implantação de uma única OMS que
atenda à Brigada de Infantaria Paraquedista (Bda Inf Pqdt) e ao 1o
Grupo de Transporte de Tropa (1o GTT), após as suas transferências
para a região Centro-Oeste; e
e - a possibilidade do Hospital de Guarnição de Florianópolis/SC atender, após a sua adequação, aos militares da Marinha e
da Aeronáutica, evitando o dispêndio de recursos para a construção
de novas OMS naquela cidade.
2. Propor a compatibilização das legislações de assistência
médico-hospitalar das Forças Armadas.
3. Identificar e apresentar as necessidades de investimento
para a redução do hiato tecnológico e estrutural das OMS e na
carência de recursos humanos especializados, que são as principais
causas de encaminhamentos da assistência médico-hospitalar dos Serviços
de Saúde das Forças Armadas.
4. Propor um redimensionamento do pessoal militar e civil,
assim como dos materiais e equipamentos das OMS que atuarão na
cooperação mútua e integrada.
5. Estudar a viabilidade de integrar todo o cadastro dos
beneficiários da assistência médico-hospitalar das Forças Armadas às
OMS, de forma a permitir flexibilidade no atendimento médico-hospitalar,
quando se fizer necessário.
6. Propor uma padronização da regulamentação do atendimento
à saúde e do cadastro dos beneficiários não contribuintes dos
Fundos de Saúde das Forças Armadas.
7. Apresentar uma proposta de padronização e normatização
da cobrança de indenizações devidas, provenientes dos atendimentos
realizados.
8. Propor uma padronização de honorários e indenização,
procedimentos, medicamentos e materiais na atual tabela do MD.
9. Elaborar um plano de referência e contra-referência inter-
Forças na área de saúde, dentro das disponibilidades de oferta de
atendimento das Forças Singulares, nas guarnições em que ocorrer o
apoio mútuo.
10. Propor a criação de novos centros de excelência médica
em guarnições em que haja deficiência nesta categoria de OMS, que
sejam comuns às três Forças Singulares, priorizando-se as áreas de
média e alta complexidade e diagnóstico por imagem.
11. Propor a implementação da telerradiologia de forma integrada
para as Forças Armadas, dentro das disponibilidades de oferta
de atendimento das Forças, nas guarnições em que ocorrer o apoio
mútuo, com a finalidade de atender à demanda crescente de encaminhamentos
em imagiologia.
12. Centralizar na Força Aérea o apoio de evacuação aeromédica,
inclusive Unidade de Terapia Intensiva (UTI), inicialmente
para a Região Amazônica, estendendo-se, posteriormente, para outras
regiões.
13. Coordenar a programação das Operações de Ação Civicossocial
(ACISO), realizadas pelas Forças Armadas em todo o
território nacional, de forma a proporcionar uma melhor distribuição
de atendimentos, além de minimizar o dispêndio de recursos públicos.


Compartilhamento de Infraestrutura de Apoio entre a Agência
Fluvial da Marinha do Brasil (MB) e a Companhia de Embarcações
do Exército, em Tefé: Comando da Marinha
1. Propor um estudo de implementação da Infraestrutura de
Apoio a ser compartilhada pelas Forças Singulares.
2. Estabelecer um cronograma conjunto de instalação que
atenda ambas as Forças Singulares.


Compartilhamento de Infraestrutura entre o 1o Grupo de
Transporte de Tropa e a Brigada de Infantaria Paraquedista: Comando
do Exército
1. Propor o local para onde serão transferidos a Bda Inf Pqdt
e o 1o GTT.
2. Estudar a implantação de um complexo de instalações
militares que englobe totalmente as estruturas da Bda Inf Pqdt e do 1o
GTT com o compartilhamento nas áreas de alimentação, saúde, segurança,
alojamentos e manutenção de viaturas, armamento e demais
equipamentos de emprego militar.
3. Estabelecer um cronograma conjunto das atividades de
instalação que atenda a disponibilidade de recursos do Exército e da
Aeronáutica.
4. Verificar a conveniência de se estabelecer uma única responsabilidade
patrimonial sobre o imóvel.
5. Verificar a conveniência da centralização da administração
financeira, de forma a se fazer uma gestão única de recursos na futura
área compartilhada.


Formação Centralizada de Pilotos de Asa Fixa: Comando da
Aeronáutica
1. Propor um incremento no aporte de recursos logísticos que
possibilitem à Academia da Força Aérea (AFA) o aumento da disponibilidade
de aeronaves para instrução, assim como o de pilotos instrutores.
2. Estudar a viabilidade de criação de uma Unidade de instrução
aérea destinada exclusivamente à formação de pilotos militares
que não os da própria Força Aérea Brasileira (FAB), em razão do
sensível aumento previsto de pilotos navais e do acréscimo (histórico)
de oficiais-aviadores de Nações Amigas cursando a AFA.
3. Programar curso de formação de pilotos de aeronave multimotores
para oficiais da MB em unidade de formação da FAB, de
acordo com a data de recebimento das aeronaves embarcadas, AEW
e/ou COD/REVO, informadas pela MB.
4. Formalizar Termos de Cooperação entre a FAB e a MB à
medida que surjam novas demandas de formação de pilotos navais de
asa fixa geradas pelo Plano de Articulação e Equipamento da Marinha
do Brasil (PAEMB).


Pistas de Pouso: Comando da Aeronáutica
1. Ampliar o compartilhamento de experiências da FAB e do
Exército Brasileiro (EB), na área de construção, de modo a otimizar
a aplicação dos meios de cada Força Singular.
2. Dotar, à luz do PAED, os aeródromos de desdobramento
para Unidades da FAB de condições (dimensões da pista e do pátio de
estacionamento; equipamentos de comunicação e de aproximação por
instrumentos; paióis; depósito de combustível; e área para instalação
de Esquadrão Móvel de Apoio) para operação de aeronaves de alta
performance.
3. Prever a construção e manutenção de pistas de pouso nos
Pelotões Especiais de Fronteira (PEF) constantes do PAED, bem
como nos Destacamentos de Fronteira.


Estruturação dos Colégios Militares para atendimento à Articulação:
Comando do Exército
1. Estudar a criação de novos Colégios Militares, que atendam
às necessidades das Forças Singulares surgidas em decorrência
da implantação de novas organizações militares previstas no PAED.
2. Estudar a viabilidade de restabelecimento do turno integral,
de forma a se disponibilizar mais vagas no Sistema Colégio
Militar (SCM), atendendo às necessidades das demais Forças Singulares.
3. Estudar a viabilidade de ampliação do Ensino a Distância
(EAD), aproveitando-se a experiência exitosa do Colégio Militar de
Manaus, visando ao atendimento aos dependentes de militares das
demais Forças Singulares.


Veículos Aéreos Não Tripulados (VANT): Comando da Aeronáutica
1. Propor um programa de desenvolvimento e obtenção conjunta
de VANT, atendendo às especificidades de cada Força Singular.
2. Estudar a viabilidade de concentração da avaliação técnica
dos VANT no Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial
(DCTA), de forma a se buscar a harmonização dos requisitos avaliados,
respeitando-se as especificidades de cada Força Singular e de
outros operadores.
3. Desenvolver, em conjunto, tecnologias para o gerenciamento
das informações e para o guiamento das aeronaves.
4. Estabelecer reuniões periódicas entre as Forças Singulares
para a troca de informações e experiências sobre o emprego de VANT
(doutrina) e para o compartilhamento de desenvolvimentos tecnológicos,
que sejam passíveis de serem utilizados nos diversos projetos
desse tipo de material.
5. Desenvolver uma metodologia de compartilhamento, pelas
Forças Singulares, das informações obtidas durante o emprego dos
VANT.
6. Regulamentar o emprego de VANT quanto à coordenação
e ao uso do espaço aéreo, pelas Forças Armadas e outros operadores,
tanto em atividades de Preparo como de Emprego.
7. Propor as medidas de integração e coordenação do emprego
de VANT, pelas Forças Singulares, em Operações Conjuntas.
8. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o sistema de catalogação da Organização do Tratado do Atlântico
Norte (OTAN), o Sistema OTAN de Catalogação (SOC), viabilizando
uma linguagem uniforme de identificação de materiais, em
âmbito nacional e internacional, para uso dentro das atividades logísticas.
9. Desenvolver um programa conjunto de formação de recursos
humanos.
10. Considerar que as Forças Singulares deverão apresentar
ao MD uma proposta de localização dos seus VANT estratégicos,
com base nas Hipóteses de Emprego e suas prioridades.


Mísseis: Comando da Aeronáutica
1. Propor os projetos de mísseis e componentes de interesse
das Forças Armadas que serão desenvolvidos conjunta ou singularmente.
2. Estudar e, se conveniente, propor a criação de um sistema integrado de aquisição e controle de itens logísticos que atenda às
Forças Singulares, bem como avaliar e propor a distribuição do impacto
orçamentário entre as mesmas, conforme as necessidades logísticas.
3. Propor as prioridades dos projetos de interesse comum,
bem como a unificação dos processos de aquisição e de desenvolvimento.
4. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
5. Buscar uma forma integrada de captação e gerenciamento
de recursos provenientes de outros órgãos, levando-se em conta os
interesses de desenvolvimento da indústria nacional.


Blindados: Comando do Exército
1. Propor um programa de obtenção conjunta de blindados,
atendendo às especificidades de cada Força Singular.
2. Estabelecer reuniões periódicas entre as Forças Singulares
para a troca de informações e experiências sobre blindados, incluindo
os seus empregos doutrinários, e para o compartilhamento de desenvolvimentos
tecnológicos, que sejam passíveis de ser utilizados
nos diversos projetos deste tipo de material.
3. Orientar a obtenção de blindados, levando em conta que a
demanda das Forças Singulares, em face de eventual pulverização de
fornecedores, poderá comprometer a continuidade desejada na produção
de Material de Emprego Militar (MEM).
4. Estudar a viabilidade de concentração da avaliação técnica
e operacional dos blindados das três Forças Singulares no Centro de
Avaliações do Exército (CAEx), de forma a se buscar a harmonização
dos requisitos avaliados, respeitando-se as especificidades de cada
Força Singular.
5. Estudar a viabilidade de integração da Logística de blindados
das três Forças Singulares, aproveitando as experiências adquiridas
pelo Exército no tocante aos procedimentos logísticos e ao
gerenciamento das Funções Logísticas de Suprimento e Manutenção
de blindados.
6. Estudar a viabilidade de concentração da capacitação de
recursos humanos das três Forças Singulares, seja na área operacional
ou na de manutenção, em estabelecimentos de ensino do EB.
7. Estudar a possibilidade de criação de um Depósito Alfandegado,
visando ao pronto atendimento de itens de suprimento
para a manutenção de blindados de origem estrangeira.
8. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.


Aeronaves de Caça: Comando da Aeronáutica
1. Coordenar a aquisição de aeronaves de caça F-X2 para a
FAB e a MB, nas quantidades, prazos e de acordo com os requisitos
operacionais estabelecidos para cada Força Singular.
2. Coordenar a terceirização dos serviços de manutenção de
3º nível para a FAB e a MB, que deverão gerenciar seus respectivos
contratos.
3. Coordenar a aquisição de forma centralizada do armamento
aéreo de uso comum da FAB e da MB.
4. Estudar a possibilidade de criação de um Depósito Alfandegado
(DA), nos moldes dos já existentes, para concentrar os
pedidos e o armazenamento de itens para a FAB e a MB.
5. Iniciar estudos para o desenvolvimento de caça nacional,
de 5ª geração e múltiplo emprego, em versões tripulada e não tripulada,
com possibilidade de parceria com empresa estrangeira, respeitadas
as diretrizes da END quanto à capacitação da indústria nacional,
que atenda aos requisitos operacionais da FAB e da MB.
6. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.


Helicópteros: Comando da Aeronáutica
1. Avaliar e, se for o caso, propor a implantação de um
centro conjunto de instrução básica de pilotos e mecânicos de helicópteros
para as Forças Armadas, com implementação a partir de
2020.
2. Desenvolver um projeto de aquisição de um único modelo
de helicóptero de instrução para as três Forças Singulares.
3. Desenvolver um projeto conjunto de modernização dos
helicópteros Esquilo, observadas as especificidades de cada Força
Singular, que resulte em um contrato que abranja um número maior
de aeronaves, visando à economia de recursos e à otimização dos trabalhos.
4. Estudar a implementação, a partir de 2014, de sistema de
manutenção de 3º nível contratada (terceirizada), bem como de sistema
de suprimento único, com fornecimento via depósitos especiais
existentes, para as aeronaves EC-725 da FAB, do EB e da MB.
5. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.


Embarcações Anfíbias e Lanchas de Combate: Comando da
Marinha
1. Propor um programa de obtenção conjunta para os meios
existentes que atendam à MB e ao EB.
2. Verificar se os requisitos dos meios já previstos de serem
adquiridos para uma Força Singular atendem às necessidades da outra.
3. Propor melhorias e alterações nos projetos dos meios já
existentes, a fim de torná-los adequados às necessidades operacionais
e logísticas de ambas as Forças Singulares.
4. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
5. Efetuar a análise dos Requisitos Operacionais, de Concepção
e de Obtenção dos meios ainda não existentes, de modo a
atenderem ambas as Forças Singulares.
6. Propor um cronograma físico-financeiro comum, que atenda
às necessidades de ambas as Forças Singulares, de acordo com as
prioridades a serem definidas pelo MD.


Equipamentos de Visão Noturna: Comando do Exército
1. Propor um programa de obtenção conjunta de Equipamentos
de Visão Noturna (EVN), concentrando esforços de aquisição
em empresas nacionais que participam dos processos de pesquisa e
desenvolvimento destes equipamentos ou que tenham o potencial de
fabricá-los. No caso de aquisição no mercado externo, padronizar
procedimentos, criando mecanismos de coordenação e controle únicos
para as três Forças Singulares.
2. Estabelecer reuniões periódicas entre as Forças Singulares
para a troca de informações e experiências sobre EVN, incluindo os
seus empregos doutrinários, e para o compartilhamento de desenvolvimentos
tecnológicos ocorridos que sejam passíveis de serem
utilizados nos diversos projetos deste tipo de equipamento.
3. Promover a integração das três Forças Singulares na pesquisa
e desenvolvimento de EVN, por intermédio de seus órgãos de
ciência e tecnologia, e realizar parcerias com empresas brasileiras
para a produção destes equipamentos com tecnologia nacional.
4. Estudar a viabilidade de criação de um Laboratório Nacional
de Optoeletrônica, com a participação de integrantes das três
Forças Singulares, da iniciativa privada e dos institutos de Ciência e
Tecnologia, para a pesquisa de tecnologias críticas, desenvolvimento
e fabricação, em pequena escala, de componentes empregados nos
EVN, mísseis e áreas afins, militares ou não.
5. Estudar a viabilidade de harmonização dos requisitos técnicos
e operacionais dos EVN, respeitando-se as especificidades de
cada Força Singular, e de unificação do seu processo de avaliação.
6. Estudar a viabilidade de criação de um sistema integrado
de suporte logístico de EVN.
7. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação de
materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.


Armas Portáteis: Comando do Exército
1. Formular um programa de obtenção conjunta de armas
portáteis, após a compatibilização dos requisitos operacionais e técnicos
de cada armamento e seus acessórios, que atendam as especificidades
de cada Força.
2. Priorizar as aquisições em empresas nacionais com reconhecida
experiência na produção de pistolas, fuzis e outros armamentos
portáteis.
2. Promover a integração das três Forças Singulares na pesquisa
e desenvolvimento de acessórios para armas portáteis.
4. Estudar a viabilidade de concentração da avaliação técnica
e operacional do armamento portátil das Forças Singulares, incluindo
seus acessórios, em um único órgão, de forma a se buscar a harmonização
dos requisitos avaliados.
5. Estudar a viabilidade de criação de um sistema integrado
de suporte logístico de armas portáteis.
6. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.


Armas Leves: Comando do Exército
1. Formular um programa de obtenção conjunta de armas
leves (arma anticarro, morteiros leve e médio) e suas respectivas
munições, que atendam às especificidades de cada Força Singular,
priorizando as aquisições de produtos nacionais.
2. Estabelecer reuniões periódicas entre as Forças Singulares
para a troca de informações e experiências sobre armas leves, incluindo
os seus empregos doutrinários.
3. Estudar a viabilidade de concentração da avaliação técnica
e operacional das armas leves em um único órgão, de forma a se
buscar a harmonização dos requisitos avaliados.
4. Estudar a viabilidade de criação de um sistema integrado
de suporte logístico de armas leves.
5. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.


Simuladores: Comando da Marinha
1. Propor um programa de desenvolvimento e obtenção dos
simuladores de interesse comum às três Forças Singulares.
2. Efetuar um levantamento de objetivos comuns, análise de
viabilidade e integração de simuladores entre as três Forças Singulares.
3. Propor um padrão comum de Arquitetura para o desenvolvimento/
aquisição de simuladores, a fim de garantir a integração
na troca de informações entre os mesmos.
4. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.
5. Estimular a contínua promoção do conhecimento mútuo
na área de simulação entre as três Forças Singulares.
6. Aprofundar o relacionamento com as Universidades e outras
Instituições no país e no exterior, com vistas a capacitar os
recursos humanos necessários.
7. Buscar o domínio de tecnologias não existentes no país.
8. Apresentar as necessidades de modernização/manutenção
dos simuladores existentes.


Sistemas de Detecção: Comando do Exército
1. Definir quais os projetos de radares, equipamentos de
comunicações e componentes das Forças Armadas que serão desenvolvidos
e produzidos conjunta ou singularmente.
2. Estudar a viabilidade de implantação de um sistema integrado
de aquisição de radares, equipamentos de comunicações e
componentes de uso comum pelas Forças Singulares.
3. Planejar a integração dos sistemas de detecção e destes
com os sistemas de transmissão de dados e de comunicações, em uso
ou em desenvolvimento pelas Forças Singulares.
4. Desenvolver uma metodologia de compartilhamento das
informações obtidas pelos sistemas de detecção.
5. Planejar, de forma integrada, o desdobramento permanente
de sistemas de detecção nas áreas prioritárias da fronteira terrestre,
das estruturas críticas e da plataforma continental.
6. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das
atividades logísticas.


PUBLICADA EM 30 DE JUNHO DE 2010, DOU N. 123, S. 1, P. 20/22


Link para acessar diretamente este Documento Oficial do Ministério da Defesa:



 
Realmente é muito importante este documento né... até dos misseis fala... muito interessante mesmo!!

E eu gostei demais desta parte dos Helis, explica muita coisa e apaziguaria muita polemica por ai:


Helicópteros: Comando da Aeronáutica
1. Avaliar e, se for o caso, propor a implantação de um
centro conjunto de instrução básica de pilotos e mecânicos de helicópteros
para as Forças Armadas, com implementação a partir de
2020.
2. Desenvolver um projeto de aquisição de um único modelo
de helicóptero de instrução para as três Forças Singulares.
3. Desenvolver um projeto conjunto de modernização dos
helicópteros Esquilo, observadas as especificidades de cada Força
Singular, que resulte em um contrato que abranja um número maior
de aeronaves, visando à economia de recursos e à otimização dos trabalhos.
4. Estudar a implementação, a partir de 2014, de sistema de
manutenção de 3º nível contratada (terceirizada), bem como de sistema
de suprimento único, com fornecimento via depósitos especiais
existentes, para as aeronaves EC-725 da FAB, do EB e da MB.
5. Propor uma catalogação dos itens componentes, de acordo
com o SOC, viabilizando uma linguagem uniforme de identificação
de materiais, em âmbito nacional e internacional, para uso dentro das atividades logísticas.



Esta claro que este documento não foi “construído” pelos políticos, não conseguiriam fazer isso sozinhos sem conselho e consultória direta dos militares, é obvio que foram os militares que fizeram este documento, pois é muito detalhado, claro, preciso, e direto, pois diz onde, o que, e que coisa deve ser feita... o velho e bom raciocínio logico e planificador dos militares de alta patente, talvez seja por isso que os militares e o ministro Jobim vão tanto de acordo, cada um faz a sua parte, os militares fazem o estudo e o projeto inteiro, e no fim o Ministro entende o que os militares querem dizer precisamente, entao ele ratifica o projeto dos militares e consegue explicar para os colegas políticos e para o presidente o que é o programa e o seu impacto na sociedade, na economia, no sistema Brasil, etc... pois o Jobim esta a muito tempo na politica e fala o politiques muito bem, coisa que os militares teriam serias dificuldades em fazer, pois é realmente uma outra língua, e as prioridades são diferentes nos olhos dos políticos, e o Jobim parece muito pratico em convergir as duas prioridades, as civis com as dos militares... não foi por nada que continuou no cargo!!!

Fica claro que a decisão é politica mas o que decidem foi realizado claramente pelos militares, pois os políticos não tem a menor idéia do que é uma OMS, um SOC, EVN e assim por diante... mas vai sempre aparecer alguém pra usar isso de forma politica e caluniosa... no fim são eles que perdem credibilidade em em fazer isso, e não as forças armadas.

Valeu e muito obrigado pela visita, se gostou deste trabalho peço que deixe a sua posição através de um comentário.

Valeu!!


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